sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fotografia Urbana

 A fotografia urbana nos dá um palco cheio de cores, texturas e movimento, e cabe ao fotógrafo saber aproveitá-lo, e identificar os momentos certo de obter a imagem. Mas estamos tão acostumados com o ambiente urbano, que nossa visão para ele ficou habituada, e isso dificulta obtermos uma fotografia diferente.


 A fotografia urbana mesmo mostrando muito a realidade, deve ser diferenciada do fotojornalismo, por se tratar de algo já esperado. As fotografias urbanas são impensadas, resultam de situações inesperadas e imprevisíveis.


"A verdadeira essência da fotografia urbana, é fotografar algo inesperado tanto para os assuntos como também para o fotografo, é conseguir transmitir a sociedade ou o seu comportamento através de uma imagem." http://registos-fotograficos.blogspot.com


 Existem motivos que, por mais apelativos que possam parecer, na fotografia podem não transmitir nada de importante, tornando-a assim, uma má fotografia. Ao encontrarmos o motivo certo, podemos fotografá-lo, ou esperar que aconteça algo com ele, para tornar a foto mais dinâmica. Isso depende do nosso objetivo. 

 Os opostos, como o velho e o novo, o pobre e o rico, são característicos das cidades, e dão um ótimo contraste nas fotos.




 Na fotografia urbana, fatores técnicos, como a luz, são passados para segundo plano. O foco principal deve ser o motivo e a mensagem que ele transmite. Também é importante usarmos uma distancia focal limitada, ou seja, menos closes, fotos mais abertas carregam mais assuntos, que devem ser abundantes nesse tipo de fotografia. 
  
 Na fotografia urbana, assim como nas outras áreas da fotografia, precisamos de agilidade em alguns momentos, e paciência em outros, e para obtermos os dois precisamos de prática. Com o passar do tempo, nossas fotos vão ficando, além de mais bonitas, mais ricas em conteúdo. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Fotografando a natureza

 Uma das coisas mais fascinantes da fotografia é captar a vida das plantas e dos animais, envolvendo graça e ritmo. O fotografo age como intérprete das forças da natureza, de sua beleza, mistério, imensidão, poder e grandiosidade.
 O detalhe muitas vezes se destaca, um simples botão pode ser mais impressionante do que todo um campo de flores. Para essas fotos, você precisa chegar bem perto. Outras vezes, uma vista panorâmica pode ser mais expressiva, como um grupo de cervos pastando numa encosta.

http://armindoalves.blogspot.com/


 Não é preciso viajar para lugares exóticos para encontrar imagens atraentes. Zoológicos, parques urbanos, reservas florestais, ou até mesmo o nosso quintal podem originar fotos surpreendentes. Fotografar a natureza em detalhes ou à distância exige paciência, técnicas, e práticas adequadas.
 Na aparente desorganização do mundo natural, poderá descobrir aspectos novos e inesperados, como padrões e texturas, formas e cores. São infinitas as possibilidades artísticas para o fotógrafo criativo.

Referência:
O prazer de fotografar - Abril Cultural

terça-feira, 3 de maio de 2011

Fotografando gente



 A imagem mental que formamos de uma pessoa é uma imagem caleidoscópica, ou seja , dependendo do ângulo muda-se o que se vê. Gravamos seu jeito de andar, de falar, sua aparência e o que a pessoa significa para nós. Em geral, essas impressões vão se acumulando aos poucos durante um período de tempo, na medida que vamos conhecendo a pessoa. Um retrato, no entanto, retém o tempo, de modo que uma unica imagem estática tem de funcionar como uma metáfora de movimento. Isso é um enorme desafio para o fotógrafo.

 Para se conseguir um bom retrato, é preciso saber isolar aquelas características que revelam a singularidade de  um indivíduo. As vezes, o elemento decisivo é uma expressão facial transitória, outras vezes pode ser o jeito da pessoa se vestir ou até sua pose típica. Mais frequentemente são vários os elemento que se conjugam num dado momento para sintetizar visualmente uma personalidade.

"Há um breve momento em que tudo que se passa na mente alma e espírito de um homem, pode estar refletido em seus olhos, suas mãos, sua atitude. Esse é o momento a registrar. Esse é o fugidio momento da verdade."  - Yousuf Karsh


 O fundo, o ambiente, ou qualquer adendo que você escolha poem exercer um papel decisivo no que se quer transmitir. Por exemplo, voce pode querer fotografar uma criança entre seus brinquedos, ou velhos amigos jogando xadrez. Fundos simples (como um céu, uma parede, ou um fundo infinito de papel) concentram a atenção no modelo. Voce pode eliminar fundos confusos, se fotografar bem de perto, enchendo totalmente o campo da foto com o motivo, ou ajustando a profundidade de campo de forma que apenas o motivo fique bem focado. 


 O ponto de vista à altura dos olhos é geralmente o melhor dos retratos. Pontos de vista incomuns (de cima ou de baixo) podem produzir distorções faciais desagradáveis. Um ponto de vista muito alto faz com que a cabeça fique exageradamente grande e o corpo anormalmente pequeno. E um close feito de baixo faz o nariz,  a boca e o queixo ficarem muito proeminentes. Em algumas situações pode-se fazer isso, para criar algum determinado efeito. 


 Nada é mais importante num retrato do que a iluminação. Dependendo de seu ângulo, intensidade e difusão, a luz pode enfatizar alguns traços e suavizar ou mesmo eliminar outros. A luz mais indicada para retratos é uma fonte colocada ao lado e um pouco acima na câmera. A iluminação lateral descobre texturas da pele, do cabelo e das roupas que podem ser reveladoras em relação à pessoa. E o que é mais importante, essa luz produz sombras que dão aparência  de volume e tridimensionalidade ao motivo. 


Adaptado de "O prazer de fotografar"  - Abril Cultural
Fotos de Sebastião Salgado e Jill Krementz